terça-feira, 27 de abril de 2010

Butoh - a dança do corpo orgânico (por Ana Maria Ferreira)




O Butoh é um estilo de dança concebida no Japão, após a Segunda Guerra Mundial – 1959.
          Sua criação é atribuída a Tatsumi Hijicata (o arquiteto) e Kazuo Ohno ( a alma ).
          Contexto histórico: movimentos estudantis, década de 60.
          Ganhou o mundo após a década de 70.
          O Butoh como crítica à dança contemporânea ocidental, busca uma expressão oriental de vanguarda.
          Subversão à dança tradicional japonesa e européia.
          Temas subversivos, tabus.



 A Dança da escuridão
          Os bailarinos se apresentam nus, pintados de branco.
          Fantasmas da modernidade, do holocausto.
          Devir de formas – animais, maquínicas.
          Significantes: Irracional, grotesco, assustador, incomum, desafiador, absurdo. 
Sobre o nome
          Ankoku-Buyou"
                      (暗黒舞踊 – dance of darkness)
          “Buyo” – dança clássica japonesa – “rígida e demasiadamente codificada”
          “Butoh” – referência irônica à dança de salão européia



Influências
          Para montar seus espetáculos, Hijicata inspirou-se em escritores como Yukio Mishima, Lautréamont, Artaud, Genet e Sade.
           O Butoh é também inspirado nos movimentos de vanguarda: expressionismo, surrealismo, construtivismo.
          Filosofia: há quem relacione o Butoh com a filosofia de Spinoza, Deleuze (linhas de fuga, devir). 
Os movimentos
          O corpo move-se ora por uma força interna, ora por uma força externa.
          Abandono corporal x rigidez.
          Controle x descontrole.
          Lentidão x agilidade das artes marciais.
          Butoh: um estado da mente?
          O movimento vem por ele mesmo.
          Transe – hiper-consciência do bailarino.
          Transformação do corpo – rememoração de experiências e abertura.
          Dança ou performance?

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A busca pelos espaços vazios....


ei gente!!! na semana passada tivemos uma visita super especial. a maria luiza ferreira veio dançar conosco na segunda-feira e nos levou à busca pelos espaços vazios. uma busca que começa de onde? de dentro, de dentro do nosso corpo, entre nosso corpo e nossa alma ânima... de fora? entre o eu e o outro? entre os objetos que me rodeiam, que te rodeiam? entre as partículas de ar que respiramos? entre eu e você? o que é o espaço vazio? o que é o espaço? o infinito por onde os corpos podem se movimentar? um convite ao movimento? o princípio e o fim mesmo do movimento? enfim.... poderíamos estar aqui todo um dia tentando responder a essas e tantas outras perguntas a partir das dinâmicas de movimento que fizemos que a maria luiza, que falando nisso, dona lu........... tem que escrever um artigo pro blog do moinho contando melhor pra gente essa história da busca pelos espaços vazios.............

(mônica elias)

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Carimbó



Uma  das oficinas realizadas no ano passado foi a Oficina de Carimbó, realizada pela Angélica Colombo, que trouxe do Pará essa dança tão especial e brasileira. Obrigada a Angélica pelos dias de oficina, foram muito importante pra nós... e segue um pouquinho de carimbó para quem quiser saber um pouco mais sobre essa "especialidade" de nossa terra.



Carimbó é considerado um gênero musical de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se e recebeu outras influências, principalmente negra. Seu nome, em tupi, refere-se ao tambor com o qual se marca o ritmo, o carimbó. Surgida em torno de Belém na zona do Salgado (Marapanim, Curuçá, Algodoal) e na Ilha de Marajó, passou de uma dança tradicional para um ritmo moderno, influenciando a lambada e o zouk.

Na forma tradicional, é acompanhada por tambores feitos com troncos de árvores. Aos tambores se dá o nome de "curimbó", uma corruptela da palavra Carimbó. Costumam estar presentes também os maracás.






A dança é apresentada em pares. Começa com duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltada para o centro. Quando a música inicia os homens vão em direção às mulheres, diante das quais batem palmas como uma espécie de convite para a dança. Imediatamente os pares se formam, girando continuamente em torno de si mesmo, ao mesmo tempo formando um grande círculo que gira em sentido contrário ao ponteiro do relógio.

Nesta parte observa-se a influência indígena, quando os dançarinos fazem alguns movimentos com o corpo curvado para frente, sempre puxando-o com um pé na frente, marcando acentuadamente o ritmo vibrante. As mulheres, cheias de encantos, costumam tirar graça com seus companheiros segurando a barra da saia, esperando o momento em que os seus cavalheiros estejam distraídos para atirar-lhes no rosto esta parte da indumentária feminina. O fato sempre provoca gritos e gargalhadas nos outros dançadores. O cavalheiro que é vaiado pelos seus próprios companheiros é forçado a abandonar o local da dança. Em determinado momento da "dança do carimbó" vai para o centro um casal de dançadores para a execução da famosa dança do peru, ou "Peru de Atalaia", onde o cavalheiro é forçado a apanhar, apenas com a boca, um lenço que sua companheira estende no chão. Caso o cavalheiro não consiga executar tal proeza sua companheira atira- lhe a barra da saia no rosto e, debaixo de vaias dos demais, ele é forçado a abandonar a dança. Caso consiga é aplaudido.

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Boas vindas!

Este será o espaço onde publicaremos o trabalho do grupo Moinho de Dança, de Mariana - MG. 

Somos um grupo que estudamos e experimentamos diversos ritmos e técnicas de danças. Temos entre as integrantes do grupo bailarinas clássicas, de dança do ventre, de dança contemporânea, dança flamenca, etc. Trocamos, unimos e praticamos esses conhecimentos, sempre em busca da elevação e o aprimoramento da dança. 

Atualmente temos encontros semanais,  as quartas-feiras  às 20:30, no espaço Mahadevi de Shivan Yoga, na rua Direita de Mariana.

Sejam todos bem vindos ao nosso blog!